terça-feira, 7 de janeiro de 2014

deu a louca na professora.

Depois de dois meses sem postar absolutamente NADA, aqui estou eu outra vez!
Ficou curioso com o título? Então, senta que lá vem história!
Em Outubro/2013 eu reprovei no vestibular de música e voltei pra Aracaju super "deprê" por ter reprovado, afinal, havia ido super bem nos exames. Minha primeira aula de violino ao voltar (das férias da faculdade, onde fui pra minha cidade natal na Bahia) foi um grande baque (BAM!), praticamente não utilizei o violino e minha professora usou do nosso tempo pra me falar de tudo que ela vinha observando sobre minha pessoa desde que o "fio vermelho do destino nos uniu" (To Aru Kagaku no Railgun feelings). Resultado: Depois de quase 30 minutos de conversa que me faziam querer chorar ali mesmo pra afogar minhas frustrações novas e as antigas (por ter reprovado), consegui captar o que minha professora, a violinista Susye Saminêz quis dizer...
Eu era ansioso (mentira, eu não era, ainda sou, mas bem menos que antes) e não enxergava o presente! Vivia nele, mas olhando o futuro e não vendo o bando de merda que eu tava fazendo com meu aprendizado... Saí de lá arrasado, detonado, no chão mesmo, porque até a causa de ter reprovado era por conta da ansiedade. Não entendia direito porque ela tinha me dito aquilo naquele momento, pareceu ser muita maldade da parte dela, mas não foi, de forma alguma. Ela sabia que eu tinha que ouvir aquilo o quanto antes e um momento como aquele, em que eu sentia o cheiro de fracasso exalando de mim era o perfeito pra um lindo choque de realidade com uma corrente voltaica das grandes. Cheguei em casa, chorei um pouco de decepção... Não estava triste pelo que a Susye havia dito pra mim ou por ter reprovado no vestibular. Estava triste comigo mesmo. Não consegui acreditar que me deixei levar completamente pela minha ansiedade e deixar de perceber o que era importante pro agora.
"Você já veio hoje na primeira aula depois do vestibular já pensando no que vai fazer no do ano que vem" - Disse ela.
E eu realmente tinha feito isso, daí ela me mostrou que o que eu havia pedido a ela (estudo mais puxado de solfejo, teoria e etc) era importante mesmo, mas pro agora e não pela prova. Eu estava fazendo algumas coisas certas, com a perspectiva errada... Foi o que percebi naquele dia e decidi focar no futuro mais próximo, o amanhã. No outro dia acordei e fui pegar no violino pra realizar meus estudos diários com o que ela disse em mente. Fora a semana mais surpreendente que tive naqueles tempos, tudo parecia dar certo.
Uma semana depois do choque de realidade eu retornei na aula e simplesmente arrasei com tudo. Susye sorriu contente e me parabenizou. Desde então eu venho me preocupando muito mais com o que eu deveria mostrar a Susye nas terças do que com o concerto de Vivaldi que eu sonhava em solar no futuro ou com a prova de música de 2014.
Novembro passou num piscar de olhos e meu progresso havia sido considerável desde aquele dia. Estava satisfeito, mas ela não!
Ainda tinha (e tem!) muita coisa à melhorar na minha técnica e isso exigia mais esforço da minha parte, mas parte dessa melhora viria de uma forma que eu nunca imaginei antes. Ouvindo!
Ela me apontou alguns problemas e me mostrou mais um dos segredos... Sério, toda vez que lembro daquele dia me passa uma daquelas cenas de filme da Disney, quando os mocinhos descobrem um grande segredo e ficam com aquela cara de surpresos e as coisas refletindo em seus olhos brilhantes. O segredo é: Não tem segredo (mentira, na verdade ela só disse que o que tira som do violino é a mão direita, que segura o arco). E acreditem ou não, de forma a resolver esse empecilho ela me passou concertos pra ouvir!
Sim, concertos! Concertos do período Romântico da música!
Nada de Bach ou Vivaldi, que era o que constantemente ouvia. Ela me disse que além de fazer melhorar meu ouvido, minha afinação e meu arco, iria me dar papo pra conversar com outros músicos :P
Agora estou aqui ouvindo Mendelssohn, Brahms, Tchaikovsky, Saint Saens, Sibelius e afins. Performados por grandes violinistas (de ambos os gêneros). Ao final vou colocar alguns dos que ela me recomendou pra que vocês possam desfrutar dessas obras primas (embora eu ainda prefira Bach).

Tá, mas o que isso tem a ver com o título?
Ora bolas, eu achei que Susye tinha enlouquecido e surtado na minha frente, foi minha primeira e curta impressão do momento, daí eu TIVE que colocar esse título!
Logo depois eu percebi que tudo isso que ela dizia era pra meu bem, porque gostava de mim e queria que eu tivesse progresso e sucesso com o violino.

Hoje eu só tenho a agradecer pelo grande sermão dado pela minha professora, porque ele mudou bastante meu jeito de ver as coisas, não só com o violino, mas na vida cotidiana em geral.
Mas seria uma pena se alguém não tivesse feito nadinha do programa de férias que ela passou, né? Mas é culpa das festas, amanhã eu já começo firme e forte novamente nos meus estudos. Vamos engatar a marcha e correr, mas lembrem-se: Um passo de cada vez!

Concerto em Mi menor de F. Mendelssohn.
Performado por Hilary Hahn.


Concerto em Re maior de Tchaikovsky.
Performado por Julia Fischer.


Concerto em Si menor 1º mvt., de Saint Saens.Performado, também, por Julia Fischer (esse não tinha o concerto todo, apenas em partes).
 

Fala sério, essas duas arrasam, né?! Música do período romântico é show! Mal posso esperar pra Susye me indicar outro estilo, mas até lá, vamos ouvindo e curtindo totalmente este.
PS: Susye, se leu isso e chegou até o fim, saiba que te adoro

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